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JUL
06
06 JUL 2020
Cases de sucesso de Paracatu ganham destaque no 5º Fórum de Sustentabilidade das Cidades Históricas
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Iniciativas culturais e sociais do município são elogiadas no evento

 

Encerrado na sexta-feira passada (3/07), o 5º Fórum Permanente de Sustentabilidade das Cidades Históricas representou uma etapa importante no reconhecimento que Paracatu vem alcançando em suas ações culturais. As iniciativas de valorização do patrimônio, dos bens imateriais, da memória e da história local têm colocado o município em lugar de destaque entre as cidades históricas de Minas Gerais.

 

O evento, que seria realizado no município em outubro deste ano, aconteceu pela internet, devido à pandemia do novo coronavírus.

Entre os dias 29 de junho e 3 de julho foram realizados debates, palestras e oficinas gratuitas. O dia 2/07 foi dedicado à apresentação de três cases de sucesso da cidade: Gastronomia de Paracatu; a Escola Vai ao Quilombo e Suas Marias.

 

Na abertura dos trabalhos, a secretária-executiva da Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais, Ana Alcântara, deu as boas-vindas aos presentes e definiu os projetos do município: “são cases de alta relevância, desenvolvidos pelos atores locais. Precisamos elevar esses atores, pois são eles que fazem a diferença. É assim que vamos perpetuar a nossa memória e a nossa história”, disse ela.

 

Em seguida, o coordenador do Fórum, Paulo Vieira, saudou os participantes e passou a palavra para a secretária municipal de Cultura e Turismo, Angélica Vasconcelos Souto, que destacou a sequência do trabalho: “a maioria desses projetos foram realizados ao longo dos anos, e quem trabalha com Cultura sabe que não é fácil implementá-los”. Ela também ressaltou a diversidade das edificações históricas da cidade e a rica bagagem cultural do município, que se reflete no cotidiano e nos costumes locais.

 

Ao apresentar o case “Gastronomia de Paracatu”, a secretária do Conselho de Patrimônio Histórico, Rosilene Cardoso, explicou que a opção por trabalhar o tema da gastronomia se deveu ao fato de que a gastronomia é um dos cartões-postais de Minas Gerais, e também por entender que as pessoas são o maior patrimônio de uma cidade.

 

Ela falou sobre a criação do projeto Quintais e Quitandas, que gerou a valorização das quitandeiras; o registro dos modos de se fazer pão de queijo e a criação de um dia municipal para a iguaria, além da inserção da etapa gastronômica no Festival de Patrimônio Cultural. “Foram ações que resgataram tradições da cidade e fizeram com que o cidadão se reconhecesse nesses bens culturais”, observou.

 

E as tradições estão diretamente ligadas à origem do povo de Paracatu, cuja população é de predominância negra (cerca de 80% dos cidadãos). O presidente do Conselho da Promoção da Igualdade Racial, Hamilton Batista, apresentou o projeto “A Escola vai ao Quilombo”, desenvolvido de forma conjunta pelas secretarias de Cultura e Turismo e de Educação. Em Paracatu existem cinco comunidades remanescentes de quilombos, todas reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares.

 

Evolução do programa

Ele contou que a ideia inicial previa a visita das crianças às comunidades, mas evoluiu para a capacitação do corpo docente, preparando-o para ensinar o conteúdo a 8.500 alunos da rede municipal. Surgiu então o ‘Paracatu nas Cores da África’, com um curso de qualificação para os professores em parceria com a Universidade Federal de Uberlândia e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “O próximo passo é que o aluno traga o retorno da família, para ampliarmos essa conscientização e combater o preconceito racial, tão arraigado na sociedade”, pontuou.

 

Além de valorizar os saberes da gente da terra, recuperar tradições quase esquecidas e ensinar a própria história e origem local para as crianças, outra iniciativa cidadã no município é dar oportunidade e distribuir renda para quem mais precisa. Criado há dois anos, o projeto Suas Marias hoje já atende 100 mulheres em situação vulnerável, conforme demonstrou a secretária municipal de Desenvolvimento e Ação Social, Ana Amélia Medeiros, em sua apresentação.

 

Desenvolvido em parceria com a Fundação Conscienciarte, o Suas Marias oferece meio salário mínimo às mulheres que participam do programa.

Elas trabalham durante meio horário para desenvolver uma atividade geradora de renda.

 

Entre os ofícios oferecidos, elas manifestaram interesse nas oficinas de costuraria, atendimento ao público e zeladoria. “Nosso foco era criar oportunidades para elas, mas o trabalho evoluiu rápido e hoje muitas delas já foram absorvidas pelo mercado de trabalho. São mães que assumem sozinhas a responsabilidade do lar. Com o projeto, elas e seus filhos ficam protegidos”, diz Ana Amélia.

 

Cidadania

Ela conta que as mulheres que se dedicaram à costuraria participaram da confecção de máscaras para distribuição à população durante a pandemia. “Isso mostra que elas também se envolveram com os problemas enfrentados pelos cidadãos. Isso tudo realmente nos enche de alegria, ver o reconhecimento dessas boas práticas e o envolvimento destas mulheres com o trabalho”, acrescenta a secretária.

 

As palestras e debates do fórum abordaram os vários fatores do planejamento municipal para o desenvolvimento sustentável das cidades históricas e a gestão pública do patrimônio histórico e do turismo como indutoras e aglutinadoras para o desenvolvimento sustentável das cidades no período pós-pandemia.

 

O coordenador do Fórum, Paulo Vieira, que é também chefe do departamento de engenharia urbana da UFOP, elogiou “o forte engajamento da comunidade” das ações culturais do município. “Considero que iniciativas como essas, pela relevância, qualidade e desempenho, são verdadeiros exemplos de sustentabilidade social,  cultural e turística da cidade histórica de Paracatu”.

 

Ana Alcântara reforçou o protagonismo dos projetos. “Os cases provam que Paracatu, ao trocar suas experiências, pode colaborar com os demais municípios para conseguir os mesmos resultados positivos. Muitos internautas mostraram grande interesse em conhecer a culinária, a cultura, as histórias paracatuenses. Além disso, os projetos são também uma excelente forma de apresentar o diferencial do lugar, que é um campo fértil e rico para aprendizados”, destacou.

 

Tombada pelo Instituto Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Paracatu é reconhecida tanto pela sua riqueza cultural, como pelo patrimônio edificado e patrimônio imaterial.

 

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