“Hoje, o maior problema de Paracatu é a Copasa, são mais de 40 anos de crise hídrica no nosso município”, enfático, o prefeito Igor Santos abriu a primeira reunião de mediação entre a prefeitura de Paracatu e a Companhia de Abastecimento de Água, realizada na última quinta-feira (18), na sede da Agência Reguladora dos Serviços de Abastecimento de Água e Esgoto Sanitário do Estado de Minas Gerais, na cidade administrativa de MG, em Belo Horizonte. A audiência foi presidida pelo diretor geral da ARSAE/MG, Antônio Claret de Oliveira Júnior.
Para reforçar as principais reivindicações da população, Igor esteve acompanhado de uma comitiva: o presidente da Câmara de Vereadores, Manoel Alves Moreira, a vereadora e presidente da comissão de administração pública, Marli Ferreira da Silva, os secretários municipais, de obras, Pedro Adjuto, e de meio ambiente, Denys Henrique Andrade, a presidente da Associação dos Produtores Rurais e Irrigantes do Noroeste de Minas Gerais IRRIGANOR, Rowena Petrol, o secretário de assuntos jurídicos da PMP, Leandro Reis Melo, e equipe de advogados da prefeitura. A copasa enviou sete representantes.
O prefeito Igor Santos fez questão da presença de todos. Segundo ele, o problema existe há mais de 40 anos e precisa ser solucionado. “O povo de Paracatu não aguenta mais o desabastecimento, em especial, no período de seca. A Copasa apresentou o que seria uma solução, a construção do “piscinão”, mas, não vai resolver, além de impactar diretamente o agronegócio”.
O secretário Denys Henrique também questionou a Copasa. “Como vocês querem construir o piscinão se ainda existem pendencias com O Instituto de Gestão das Águas IGAM"?
Os representantes continuaram na defesa do investimento. “O piscinão não é solução para o abastecimento de Paracatu, mas, sim um plano de contingência para o período de seca. A finalidade do reservatório seria acumular água durante a chuva e abastecer a cidade por quatro meses”, afirmou Cristiane Carneiro, superintendente da companhia.
A presidente da Irriganor, Rowena Petrol, disse que é um investimento muito alto para uma solução emergencial e afirmou que a solução em Paracatu seria a construção de quatro barramentos, conforme apresentado no Zoneamento Ambiental Produtivo ZAP. “Os estudos já apontaram que esta é a melhor opção para o município e teria um investimento menor”, destacou.
Além do desabastecimento, foram apresentados outros problemas gerados pela Copasa em Paracatu. Segundo o secretário de obras, Pedro Adjuto, muitas obras estão atrasadas por impedimentos que são de responsabilidade da companhia. Ele citou uma lista de trabalhos, que precisam de agilidade da copasa, entre eles a obra do sistema viario, que dos 5 lotes, 4 estão aguardando a Copasa. "Nao estão sendo cumpridos nem 10% das clausulas contratuais, a cidade está toda picotada, por causa dos serviços inacabados e a Estação de Tratamento de Esgoto ETE fede em quase toda a cidade".
Após ouvir todos os relatos, o diretor geral da ARSAE/MG, Antônio Claret de Oliveira Júnior, salientou que é importante que sejam definidos prazos para encaminhamentos da reunião. A prefeitura de Paracatu e a Copasa assinaram um compromisso:
Resultado da Reunião
A Prefeitura afirma:
• Será realizado o investimento em um estudo sobre a viabilidade de outras soluções (especialmente o barramento) para posterior conversa com a Copasa.
• Após conclusões dos estudos, que serão realizados pela Prefeitura, Área Técnica, Conselho e Diretoria da Copasa receberão Irriganor e Prefeitura para debate quanto às opções técnicas disponíveis atualmente.
• A Prefeitura questiona os prazos das seguintes obras:
• Ponte entre bairros Paracatuzinho e Santana;
• Rebaixamento da adutora em frente ao centro administrativo;
• Obra do sistema viários dos seguintes lotes:
• Execução de rede de agua e esgoto, rebaixamento da adutora e relocação da adutora que sai do reservatório;
• 0 2: redes de água e esgoto; 0 3: rede de água e esgoto; 04: rede de água e esgoto; Avenida Romualdo Ulhoa Tomba — rede de água e esgoto;
• Rua do Ávila — rede estourada causando danificação no asfalto e transtorno no trânsito; Buscar executar redes de água e esgoto nas calçadas.
• Relação dos problemas relacionados à operação de Tapa Buraco; Loteamento vida Nova I.
A Copasa afirma:
• Os poços, que vão aumentar em 40L/s o abastecimento, estarão prontos em outubro de 2021;
• Estão em busca do aumento da outorga em 40L/s;
• As soluções acima aumentam em cerca de 40% da oferta de água (de 204L/s para 284L/s)
• Conclusão das obras do reservatório de acumulação: dezembro de 2021 (ainda há pendências quanto à área para remanejamento da terra);
• A Copasa irá repassar à Prefeitura, no dia 1°de março, o cronograma de todas as Obras listadas acima e da ampliação da adutora;
• Será apresentado também no dia 1° de março, um convênio para as obras de pavimentação; Apresentar o balanço hídrico do "piscinão".
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
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Prefeitura de Paracatu